Caro leitor,

Em seu novo livro, “Principles for Dealing with the Changing World Order”, Ray Dalio faz um argumento interessante.

Ele diz que ciclos econômicos vão e voltam, mas o conjunto de todos esses ciclos pode revelar um ciclo de longuíssimo prazo…

Um ciclo que mostra o crescimento, amadurecimento e a destruição do poder de um império.

Ele analisou diversos séculos da história dos maiores países do mundo e notou padrões que indicam quando um país tem muito a crescer ou pode estar passando por problemas.

Note, não estamos falando de 10 anos de bolsa em baixa, mas sim, um momento em que a economia está com tantos sinais vermelhos que o país em questão pode ir para o saco…

E com isso, dar o poder para outro player no planeta.

O conceito é muito interessante e irresistível para quem vê os mercados com uma visão de longo prazo.

Nesse caso, obviamente, longuíssimo prazo não são 20 ou 30 anos, mas 100, 150 ou até 200 anos.

E existe algo vital nesse tipo de pensamento para traders e investidores:

Ele pode fazer com que você seja absurdamente mais bem sucedido nos mercados…

É simples entender o porque:

Quando a gente pensa em ciclos maiores, vemos a relação entre problemas atuais em um contexto de longuíssimo prazo.

E isso gera insights que você jamais teria de outra maneira.

Um exemplo interessante é a relação entre valorização de imóveis e a taxa de natalidade dos países.

No mercado imobiliário, temos ciclos econômicos de longo (e às vezes médio) prazo gerando momentos de alta valorização e momentos de depressão.

Normalmente as valorizações estão ligadas ao bom desempenho da economia e as depressões, aos exagerados cometidos nos bons momentos que podem gerar imóveis em excesso.

O interessante é que esses momentos ruins são devido a falta de procura que surgiu de um excesso de oferta temporária… e não porque a população simplesmente está diminuindo!

Então analisar um investimento como um fundo imobiliário no Brasil é completamente diferente de fazê-lo no Japão, um país no qual a população está desaparecendo.

Lá eles já pensam nos ciclos populacionais.

Ciclos nos quais existe uma forte explosão da população e daí, vários séculos depois, a população diminui.

Esses ciclos afetam drasticamente as economias e os investimentos, mas adivinha?

Se tratam de ciclos de tãããão longo prazo, que poucas pessoas pensam nesse fenômeno antes de já estarem sofrendo todas as consequências do fim de um desses ciclos.

E aí está o problema: quando as coisas chegam nesse ponto já é tarde demais para se preparar. E daí muitas pessoas quebram.

Então a dica aqui é simples: existem ciclos de longo prazo e de longuíssimo prazo.

Muitos de longuíssimo prazo pode estar começando ou acabando enquanto escrevo essa mensagem.

Não conhecer os ciclos de longo prazo é perigoso, mas não saber nem da existência dos ciclos de longuíssimo prazo…

Adivinha? Isso é fatal.

Então seja mais como o Ray Dalio e aprenda a pensar no longuíssimo prazo também, um dia isso vai salvar a sua vida.

Atenciosamente,

Hugo Teixeira

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