Caro leitor,
Isso aconteceu lá no início da minha jornada como investidor.
Na época eu não tinha nenhuma educação financeira.
E cometia a maior parte dos erros que todo mundo comete quando não tem esse tipo de educação.
Mas eu já estava lendo sobre o assunto.
Estava aprendendo.
E estava convencido de que mudar a minha mentalidade sobre dinheiro era essencial para eu tomar controle do meu futuro.
Mas foi então que me surgiu um…
Desafio Inusitado
Um desafio que surgiu na forma de bons amigos fazendo terríveis sugestões.
“Hey Hugo, por que a gente não viaja para o Rio esse final de ano?”
“É caro. Eu não tenho dinheiro”, eu dizia.
“Mas você acabou de dizer que economizou o ano todo”
“Mas eu quero investir”
“Cara, você é jovem. Aproveita a vida. Vem com a gente, pô!”
“Por que a gente não vai para Ubatuba? Bem mais barato”
“Que graça tem isso?”
“E você? Você tem dinheiro para ficar no Rio?”
“Não, mas eu boto no crédito. Tanto faz”
“Cristo…”
Não me entenda mal: você deve sim aproveitar a sua vida.
Eu não defendo que você deve sacrificar o prazer de viver para enriquecer o mais rápido possível.
Mas sempre há como aproveitar a vida sem gastar tanto dinheiro assim.
E se você quer construir um futuro, é preciso fazer alguns sacrifícios no presente.
Isso foi uma das primeiras coisas que eu aprendi e, infelizmente, meus amigos ainda não haviam entendido isso (alguns deles ainda não entenderam).
E essa foi a primeira pista que eu tive de um problema maior…
Porque o problema não era apenas que os meus amigos não entendiam custo de oportunidade e gastavam muito mais do que deviam.
O problema é que eles tinham uma visão sobre dinheiro que era completamente diferente da que eu estava criando.
E isso não só criava conflitos chatos como o que eu mencionei…
Mas também me desestimulava.
Pois de tanto meus amigos falarem eu às vezes acabava concordando com eles.
Eu cedia.
E depois me arrependia.
Foi assim, portanto, que eu aprendi uma lição valiosa:
Cuidado Com Suas Influências
Para atingir os seus objetivos, você precisa tomar cuidado com quem você anda.
Não significa cortar relações.
Eu mesmo não cortei nenhuma por causa disso.
Tanto que ainda tenho contato com boa parte dos amigos que eu tinha na época.
Mas eu tive sim que readaptar um pouco certas relações.
(“Me chama quando for no cinema, mas a sua ideia de ‘férias’ para mim não rola mais”)
E ao mesmo tempo eu comecei a buscar a companhia de gente como eu.
A dar preferência para pessoas que partilhavam dos meus objetivos.
Pois essas pessoas entendiam os meus hábitos e comportamentos de investidor, que outras pessoas achavam estranhas.
E me incentivavam a permanecer no caminho certo.
Melhor ainda era interagir com investidores que tinham muito mais experiência do que eu.
Pois eles não só entendiam os meus hábitos e me encorajavam…
Mas também me ensinavam um monte de coisas úteis.
Se você é um investidor, por tanto, é muito importante você interagir com outros investidores.
O nosso ambiente influencia quem nós somos e o que nós conseguimos fazer.
E quase sempre o fator mais importante do nosso ambiente são as pessoas que o habitam.
Atenciosamente,
Hugo Teixeira