Caro leitor,
Jonathan Lebed era um garoto de 14 anos diferente.
Muito inteligente, do tipo que tirava ótimas notas na escola sem nem se esforçar.
E, principalmente, ele tinha grandes sonhos e a vontade de realizá-los.
Assim, enquanto seus amigos dedicavam seu tempo a jogar videogames e a reclamar do fato de que não conseguiam namoradas…
Jonathan Lebed, o empreendedor, resolveu colocar a mão na massa na bolsa de valores.
Ele queria ficar rico e não via por que esperar.
Seus pais ficaram orgulhosos.
“Meu filho opera ações e é muito bom nisso”.
Que pai ou mãe não ficariam orgulhos de poder dizer isso?
E como Jonathan Lebed era tão inteligente, os pais dele até estranham, mas não acharam tão estranho assim quando o menino começou a ganhar muito dinheiro.
Até quando o jovem chegou a acumular uma quantia REALMENTE impressionante.
Pois claro: era surpreendente.
Mas, afinal, era 1999. A bolsa estava disparando como nunca!
Um monte de gente estava ficando rica investindo na internet.
Jonathan, por tanto, claramente era só mais uma delas…
Foi então que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos apareceu na casa dos Lebed…
Com uma pequena tropa de advogados e de PÉSSIMO humor.
A Virada
Acontece que Jonathan Lebed de fato estava sendo esperto…
Mas não do jeito certo.
E os pais dele ficaram horrorizados quando descobriram como o menino de ouro ganhou tanto dinheiro.
Sua estratégia era simples, mas eficiente…
Em primeiro lugar Jonathan Lebed tinha aberto uma conta no nome do pai, onde depositou os U$8.000,00 que ele havia recebido como presentes de aniversário ao longo dos últimos dois anos.
Então o menino criou entre 200 e 300 perfis falsos em diferentes fóruns online de discussão sobre ações.
Com seu “exército” pronto, ele foi as compras, e Jonathan sabia exatamente o que comprar.
O que ele queria eram micos, ações de empresas minúsculas, tão pequenas que ele poderia comprar uma grande parte delas.
Pequenas o bastante para que, mesmo com tão pouco dinheiro, ele poderia gerar uma valorização substancial no preço dessas ações apenas com suas compras.
Esse aumento era crucial para o plano.
Pois após comprar as ações Jonathan Lebed usava seus 200-300 perfis falsos para espalhar a notícia de como a tal ação estava disparando!
De como ela iria crescer ainda mais!
E de como isso era praticamente garantido, já que se tratava de uma empresa pequena, mas inovadora, com tudo para tomar o mercado.
Então Imagine Você Um Investidor Médio Em 1999…
Você está bem no meio da bolha das .com.
Todo mundo está comprando tudo.
Todo mundo está ganhando dinheiro com qualquer coisa (por enquanto).
E daí um belo dia você entra no seu fórum favorito sobre o mercado financeiro e veja só:
Há literalmente CENTENAS de pessoas falando sobre a nova ação do momento.
Daí você vai conferir a ação e realmente:
Ela está subindo FORTE!
Até pouco tempo não estava grande coisa, mas então deu uma guinada.
Uma guinada inexplicável, o que é meio estranho, mas quem se importa?
Ora… não é você quem vai ficar de fora dessa oportunidade, não é?
Pois é…
Centenas de investidores caíram nos golpes de Jonathan Lebed.
E depois que esses investidores ávidos compravam as ações promovidas em massa, Jonathan vendia tudo e embolsava os lucros.
Dessa forma ele transformou aqueles U$8.000,00 em U$285.000,00 em apenas um ano.
Agora…
Você pode ler essa história e pensar:
“Uau, que loucura!”
E de fato é.
Mas é loucura no sentido de ser absurdo.
Não no sentido de ser incomum.
Pois apesar do caso de Jonathan Lebed ser pitoresco, há muitas pessoas como ele na bolsa.
Pessoas que fazem de tudo para enganar investidores por interesse próprio.
A diferença é que essas pessoas costumas ser mais velhas.
E que elas costumam enganar investidores de maneiras mais sofisticadas.
Maneiras legais.
O próprio Jonathan Lebed se tornou uma delas mais tarde.
Lebed Ataca Novamente
Depois de ser condenado a pagar todo o dinheiro ganho de volta, ele cresceu e abriu uma empresa “legítima” para fazer recomendações de ações 100% de acordo com a lei.
Que nem fazem tantas casas de análise no Brasil.
Mas mesmo dentro da lei Jonathan Lebed voltou a enganar investidores, recomendando ações de empresas que ele sabia que eram péssimas para obter lucro próprio.
E quando isso veio à tona a imprensa caiu mantando em cima dele.
Mas o que podia-se fazer?
Ele não estava infringindo a lei dessa vez.
Ele não precisava.
Então essa é uma história para ter em mente.
Onde há dinheiro e oportunidade… também há trapaça.
E na bolsa de valores há um monte de gente que está mais do que disposto a te vender porcaria para ganhar dinheiro.
Tenha cuidado.
E lembre-se sempre:
A única maneira de se proteger dessas pessoas é podendo contar com um conhecimento profundo sobre como investir!
Atenciosamente,
Hugo Teixeira
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