Caro leitor,
O mercado financeiro brasileiro está meio dorgas.
De verdade.
Ele está agindo como um paciente que chega no hospital com 40 graus de febre…
Mas que, ao mesmo tempo, está correndo uma maratona e quebrando recordes pessoais.
É uma contradição.
Uma esquizofrenia.
Afinal, a regra que todo investidor aprende é simples: juros altos, bolsa para baixo. Juros baixos, bolsa para cima.
Mas essa regra foi rasgada e jogada no lixo.
Pois hoje nós temos o Ibovespa flertando com suas máximas históricas…
E, ao mesmo tempo, o governo oferecendo títulos do Tesouro IPCA+ que pagam mais de 8% de juros REAIS.
Oito por cento.
Acima da inflação.
Um patamar raríssimo.
Mas isso pode não ser um sintoma de uma doença, mas sim um sinal de que o mercado está te oferecendo algo que ele quase nunca oferece.
Um spoiler sobre o futuro do Brasil
…
Para entender isso, vamos imaginar um famoso experimento da física quântica.
O Gato de Schrödinger
A ideia é que um gato é colocado numa caixa com um veneno que pode ou não ser liberado.
Como a observação em si tem o poder de influenciar o resultado, enquanto a caixa estiver fechada, é como se o infeliz do gato estivesse vivo E morto ao mesmo tempo.
Ele existe nos dois estados.
Pois bem: a economia brasileira hoje é esse gato.
E a Faria Lima é a caixa.
Para uma parte do mercado, o gato está vivíssimo.
Essa é a parte que olha para a Bolsa de Valores.
O Ibovespa está forte porque suas maiores empresas, como Vale e Petrobras, vendem commodities.
O preço delas depende do mercado internacional, não do juro doméstico.
A Bolsa está olhando para o Brasil através de um binóculo focado apenas nos portos de onde saem minério e petróleo.
E o que ela vê é um presente lucrativo. Um gato saudável.
Já a outra parte do mercado…
A que negocia os juros futuros, como os do Tesouro IPCA+…
Essa parte olha para o futuro.
E o que ela vê é o veneno dentro da caixa.
O risco fiscal.
O medo de que o governo gaste demais e a conta não feche.
O medo de que a inflação dispare.
Para essa parte do mercado, o gato está potencialmente morto.
E é por isso que o prêmio é tão alto.
Esse juro de 8% acima da inflação não é um número técnico.
É um número emocional.
É o preço do medo.
O mercado está literalmente te dizendo:
“Estou com tanto medo do futuro que te pago a maior taxa em anos, livre da inflação, apenas para você segurar esse risco comigo”.
É uma transferência de riqueza do medo para a paciência.
E é aqui que está o spoiler.
Pois quando você compra um título desses, você está travando uma rentabilidade histórica em um cenário de dois resultados possíveis.
Cenário 1: O governo acerta a mão.
Uma sinalização de responsabilidade fiscal, um controle de gastos…
Qualquer boa notícia faz o medo diminuir.
E o que acontece com os juros?
Eles despencam.
E quando a taxa de um título de renda fixa cai, o preço dele DISPARA.
Você ganha na taxa altíssima que travou E na valorização do seu título.
É uma vitória dupla.
Cenário 2: O medo se concretiza.
O cenário fiscal piora, a instabilidade aumenta.
Nesse caso, o preço do seu título pode até não subir no curto prazo…
Mas adivinha?
Você continuará recebendo um dos maiores prêmios da história para enfrentar a tempestade.
8% ao ano. Mais a inflação. Garantido pelo governo.
Enquanto outros perdem dinheiro na Bolsa ou veem a poupança ser corroída, você estará blindado.
É a maior apólice de seguro do país.
Só que, em vez de você pagar por ela… você recebe para tê-la.
É por isso que essa janela não vai durar.
O gato não fica na caixa para sempre.
Em algum momento, a porta se abre e a incerteza acaba.
A maioria das pessoas olha para o Tesouro IPCA+ 2029 com juro de 8% e vê um ponto de interrogação. Um risco.
Nós te convidamos a ver um ponto de exclamação.
Uma oportunidade.
A pergunta final não é se você deve ter medo do futuro.
É quanto você quer ser pago para descobri-lo.
Atenciosamente,
Hugo Teixeira
Consultor de Valores Mobiliários Autorizado pela CVM; Especialista de Investimentos Certificado pela ANBIMA; Trader e Investidor Profissional há 18 Anos.
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