Para grande parte dos brasileiros, a poupança é uma das únicas formas “viáveis” de se investir.

Não existe alternativa. E mesmo que alguém apareça com algo mais interessante, temos a tendência de achar que aquele ativo em questão, é muito caro, ou é só para ricos.

Coisa que não é bem assim. Todos nos podemos ter em nossas carteiras diferentes tipos de ativos, sem a necessidade de ter muito dinheiro.

Quando eu falo muito dinheiro, estou falando acima dos R$ 5.000,00. Acredito que para uma parcela razoável da população, R$ 5.000,00 já é muito dinheiro, mas mesmo assim existe a possibilidade e vamos esmiuçá-las nesse artigo!

Investindo em Fundos de Investimento!

Para aqueles que não possuem muito dinheiro, e tem vontade de diversificar seus investimentos, seria interessante optar por fundos de investimento como alternativa.

Fundos multimercado, ou Fundos em ações, são ótimas alternativas. Ainda mais quando utilizamos letras do Tesouro Direto, como as Tesouro Selic, para fazer uma carteira bem equilibrada.

Com o intuito de proteger o portfólio de eventuais volatilidades do mercado, consideramos a seguinte configuração:

  • 80% em Tesouro Selic;
  • 20% em Fundos Multimercado ou Fundo de Ações

O negócio e dividir a carteira de maneira parecida a uma pizza! (no caso seria interessante uma divisão de 20% e 80%)

Uma opção bem interessante e equilibrada. O nosso país tem a maior taxa de juro real do mundo, em outras palavras, é possivel ganhar bastante com aplicações em produtos de renda fixa.

Ou seja, o Brasil paga um ganho relativamente alto, para aqueles que vivem de renda, por meio de aplicações simples, como, Tesouro Selic, CDB, LCI, e outros produtos que são atrelados ao DI ou Selic.

Portanto, é natural aproveitar essa oportunidade, que não existem em todos os lugares. Por outro lado, é importante ter um pé na renda variável, para aproveitar momentos de volatilidade.

Por exemplo; antes de haver o ultimo impeachment, boa parte dos brasileiros, e investidores em geral estavam fugindo da bolsa.

O Ibovespa estava registrando uma verdadeira queda, chegando a ficar abaixo dos 40 mil pontos.

Naquele momento quem iria apostar que tudo poderia mudar? As perspectivas econômicas não eram nada boas, e tudo parecia que iria ruir.

Mas então houve o processo de impeachment, e com isso o mercado comprou a expectativa. Esperanças que as coisas iriam melhorar.

Enfim, aqueles que mantiveram parte do patrimônio alocado em fundos de ações, ou multimercado, conseguiram aproveitar boa parte da volatilidade nesse período.

Ou seja, enquanto a carteira mantém uma valorização, meio que, constante, através de aplicações em Tesouro Selic, CDB, ou as LCI, com os fundos em ações ou multimercado, a carteira irá ter um espaço para aproveitar possíveis valorizações.

Mas porque os fundos multimercado, ou de ações?

Essa pergunta é muito boa! A resposta é a seguinte,

  • Baixo custo.
  • Gestão dos ativos que compõem o fundo.
  • Exposição a uma quantidade maior de ativos.
  • Mais comodidade na hora de comprar ou vender (sem taxas de corretagem ou custódia)

Compreendeu caro leitor? Quando você faz a aquisição de cotas de fundos de investimento, é possível estar posicionado, indiretamente, em mais de 20, 30, 50 ativos diferentes.

Mas sem a necessidade de pagar corretagem em cada compra, ou até mesmo, realizar um estudo, ou uma análise gráfica, de cada ativo para saber se realmente ele possui uma perspectiva boa e etc…

Para ficar ainda mais fácil, podemos indicar algumas corretoras para o leitor, que estiver interessado, dar uma olhadinha, e conferir se existe algum fundo que agrada.

Temos também uma instituição, que faz a distribuição de fundos. Funciona de maneira bem parecida a uma corretora, porém , não é bem uma. O investidor vai precisar ir lá…

Na Órama! Lá você poderá encontrar fundos de investimento, com aplicação inicial de R$ 1.000,00.

O valor parece ser  alto, mas comparado aos outros fundos que temos no mercado, os fundos da Órama parecem bem mais em conta.

Outro detalhe importante sobre fundos de investimento está relacionado à taxa administrativa. Tal despesa pode comer uma boa parte do rendimento do cotista.

Portanto fique atento! A Órama também possuem fundos com taxas bem interessantes. Qualquer coisa acima dos 2% ao ano deve ser avaliada com muito rigor.

Para fundos de ações, acredito que no máximo, o investidor deva pagar 2% de taxa administrativa.

Para fundos de renda fixa, acredito que algo próximo a 1% seja o máximo. É possível encontrar fundos praticando tais taxas,

ETF também é uma boa forma de diversificar!

O ETF é outro investimento que pode ser utilizado para montagem de carteiras! Novamente, ao constituir uma carteira com produtos de renda variável, a outra parcela do patrimônio, poderia ficar comprada em produtos de renda fixa.

E produtos com maior segurança possível. Letras do Tesouro Direto são as melhores nesses casos. Principalmente o Tesouro Selic, que não sofre influencia do juro futuro.

Analisando o mercado de ETF, vimos o BOVA11 como a melhor opção. Simplesmente por manter uma carteira bem parecida com o do índice Ibovespa, e assim, manter uma cotação muito próxima.

Pelo gráfico retirado do site da própria administradora do BOVA11, podemos ver que a linha verde se refere ao ETF, enquanto a linha azul, é o índice.

Existe uma diferença muito pequena. Pequena o suficiente para fazer de BOVA11 um dos melhores ativos, no que diz respeito em seguir o índice.

Falando um pouco sobre custos, os ETF são bem mais em conta do que os fundos de investimento tradicionais.

Enquanto um ETF cobra pouco menos de 0,5% ao ano, uma fundo de investimento em ações, pode cobrar taxas acima do 1%, chegando até em 2% ou mais.

Às vezes, pode ocorrer de haver taxas de performance. Essa taxa funciona como uma bonificação ao administrador que consegue rendimentos acima do benchmark (benchmark é uma espécie de processo de comparação entre dois produtos financeiros).

Os fundos de investimentos são indicados para aqueles que não querem se estressar em ter que usar Home Broker para comprar e vender ETF, ações, FII e derivados.

Optando pelos fundos, o investidor terá um rendimento similar ao ETF, mas com o tempo, a distancia entre os ganhos, pode aparecer (devido as taxas praticadas pelos fundos).

Se utilizar o Home broker não é um problema, então, para melhorar ainda mais o desempenho do portfólio, a compra de ETF, poderia ser uma boa.

Existem outros ETF nos mercado, SMAL11,DIVO11, IVVB11, entre outros, porém, acreditamos que BOVA11 é o ETF que melhor representa o índice Ibovespa e assim, vai conseguir proporcionar ao investidor as mesmas oscilações do índice.

FII + ETF + Tesouro Selic + Dólar!

Essa diversificação é mais complexa, porém pode render mais, e oferecer uma segurança maior!

No momento em que escrevo esse artigo, passamos por uma grande e conturbada notícia. Nosso atual presidente foi pego falando coisa que não devia, em uma operação controlada pela polícia federal.

Como a notícia foi grave, a bolsa e o mercado como um todo acabaram sofrendo um grande impacto.

O dia terminou assim…

  • Ibovespa = -8,80%
  • FII = -3,01%
  • Dólar = +8,62%
  • Selic = 11,25% ao ano.

Conseguir assimilar o tamanho do problema? A bolsa simplesmente caiu tudo que tinha para cair, e mais um pouco.

Isso que no inicio do pregão a bolsa chegou a parar suas operações, depois de alcançar queda de 10%!

Ou seja, o negocio poderia ter sido ainda pior. O mercado vive de expectativas, e como as coisas, atualmente não estão das melhores em terras tupiniquins, qualquer coisa pode virar um vendaval. Mas um vendaval pode ser o fim do mundo.

Voltando a diversificação, então, se o investidor estivesse com 80% em Selic e 20% em Ibovespa (BOVA11), o caldo poderia ter engrossado.

Uma queda de 8,80% iria puxar a carteira para baixo, mas, se ao invés disso o investidor estivesse aplicando em outros dois ativos, o negócio poderia ser diferente.

Adicionamos a carteira o Dólar e os Fundos Imobiliários o desempenho poderia ter sido um pouco melhor. Como os super-heróis mostrados na imagem, eles possuem superpoderes também!

Quando as coisas andam mal em nossa terrinha, o dólar, geralmente tem a tendência de se valorizar.

Isso acontece devido à fuga dos investidores a procura de papéis mais seguros, como títulos do tesouro americano, e até a própria moeda americana.

O que acontece na realidade, é que o Brasil depende bastante do capital externo, ou seja, quando o negócio fica feio por aqui, o pessoal deixa de acreditar rapidinho, e todo mundo se manda!

Com relação aos fundos imobiliários, o poder é das distribuições isentas de IR. Os FII funcionam como uma propriedade alugada.

Na grande maioria, os fundos distribuem rendimentos mensais. Esses pagamentos funcionam como um aluguel.

De maneira bem similar ao aluguel que muitas pessoas recebem por ai, alugando casas, lajes corporativas e afins. Mas nesse caso, sem necessidade de contratos, e toda aquela burocracia.

Enfim, com uma carteira que tenha exposição a ativos em dólar mais fundos imobiliários, poderia possibilitar um proteção ainda maior, evitando possíveis…

O portfólio com os quatro ativos poderia ficar do seguinte modo…

  • Selic 50%
  • FII 20%
  • Ibovespa 20%
  • Dólar 10%

O Dólar têm 10%, por se tratar de um investimento que pode ter bastante volatilidade.

Lembrando que existem algumas maneira de conseguir exposição a moeda americana em nosso mercado financeiro.

Fundos de investimento cambial é uma opção. A XP, Órama, e Rico, possuem em seus “shoppings financeiros” o fundo cambial da Votorantim.

A aplicação mínima, e movimentação mínima, são de R$ 1.000,00. Um dos fundos mais em conta do mercado.

Para aqueles que querem um ativo vinculado à bolsa americana, o IVVB11, ETF que segue o índice S&P 500 é uma excelente opção!

Já com relação aos FII, indicamos os fundos de fundos. BCFF11B, BPFF11 são duas opões muito boas!

Cada fundo desses possui, ao menos, 20 FII em suas respectivas carteiras. Ou seja, o investidor adquirindo um deles, estará investindo de maneira indireta em pelo menos mais 20 fundos.

Qual é a melhor diversificação?

Essa pergunta depende muito do perfil de cada investidor. Por exemplo, investidores que possuem menos recursos, não vão ter capacidade de investir em diferentes ativos.

Sendo assim, acredito que para aqueles que estão iniciando, e ainda contam com pouco dinheiro, os fundos de investimento, seja uma ótima alternativa.

Recorrendo os fundos de investimento multimercado, o aplicador poderá contar com uma carteira bem diversificada, além, e claro, de ter um profissional gerenciando os recursos, e investimentos.

Na realidade, o fundo além de contar com uma carteira diversificada, vem com a gestão de um profissional.

Fato que traz mais tranquilidade a vida do investidor. É importante ressaltar alguns pontos sobre os fundos!

Antes de investir você vai precisa fazer uma breve pesquisa sobre algumas características do fundo…

  • Qual é o valor de investimento inicial?
  • Qual é o valor mínimo para manter no fundo?
  • Quantos dias levam para ter o dinheiro de um resgate?
  • Qual é a taxa administrativa?
  • Qual foi o desempenho do fundo nos últimos 5 meses
  • Quais são os ativos que o mesmo investe?
  • O fundo trabalha com alavancagem?

Essas perguntinhas precisam de respostas, e dependendo delas, o investimento pode ser sim, concretizado!

Fique atento ao seu perfil!

Para aqueles que possuem um valor maior, tendo a possibilidade de montar a própria carteira, mas ainda, não contam com total conhecimento do mercado financeiro, seria plausível a montagem de uma carteira com 2 ativos diferentes.

Exemplo, BOVA11 mais Tesouro Selic. Dessa forma o investidor tem participação em um ETF de baixo custo, e de ótimo desempenho além de ter um pé na renda fixa, aproveitando todas as oscilações da Selic, através do Tesouro Selic.

Um portfólio assim pode ser constituído com R$ 5.000,00. Até um pouco menos do que isso, uma vez que é possível comprar letras do Tesouro Selic por menos de R$ 100,00 e um lote de ETF BOVA11, por menos de R$ 1.000,00.

Aqueles investidores que já manjam dos paranauê, podem implementar a carteira com outros ativos.

FII e investimentos atrelados ao dólar são uma ótima ideia. Em momentos de crise, tanto interna quanto externa, o dólar e o ouro, tem a tendência de se valorizarem.

Por isso, é interessante ter, ao menos, um pouco nessas aplicações. Já os FII possuem os rendimentos mensais isentos de IR, coisa linda de se vê!

Enfim, fica a critério de cada pessoa decidir qual é a melhor maneira de diversificar os investimentos.

O que fizemos aqui é mostrar através de valores, quais seriam as melhores configurações. Tentando ajudar aqueles que gostariam de buscar novas alternativas.

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